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Aviação: Defensores de Monte Real pedem ao governo para apoiar projeto

Para os defensores da solução Monte Real, “estão reunidas todas as condições para a criação de um aeroporto civil na Base Aérea de Monte Real”.

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Base Aérea 5 Monte Real
Foto: Facebook Base Aérea Nº5

As diversas entidades que apoiam a abertura da Base Aérea de Monte Real à Aviação Civil defendem que o “Governo deverá garantir o apoio político necessário à viabilização do projeto, quantificando o investimento a ser concretizado”, faz saber a Câmara de Leiria.

Numa tomada de posição relativa ao aeroporto de Monte Real, a Câmara de Leiria promoveu uma reunião com a Câmara Municipal da Marinha Grande, Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, Comunidade Intermunicipal do Oeste, Turismo do Centro de Portugal, Politécnico de Leiria, NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria, ACISO – Associação Empresarial Ourém-Fátima e o Gabinete Económico e Social da Região de Leiria.

O timing do encontro é justificado pela autarquia de Leiria com “os recentes desenvolvimentos em torno do processo de construção de um novo aeroporto de Lisboa”.

Assim, faz saber a autarquia leiriense, as posições assumidas pelos apoiantes desta solução:

1 – A abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil é uma janela de oportunidade para a região e para o país com um impacte estruturante no futuro do desenvolvimento económico da Região Centro e de Portugal;

​2 – Em 2017, os Municípios de Leiria e da Marinha Grande encomendaram à consultora Roland Berger os estudos “Análise do potencial de tráfego Aéreo civil do Aeroporto de Monte Real” e o “Estudo de viabilidade da abertura do Aeroporto de Monte Real ao tráfego civil”. Salientando as excelentes condições do aeroporto de Monte Real, o estudo de viabilidade aponta para a necessidade de investimentos de requalificação da Base Aérea de 20 milhões de euros, ao qual deve acrescer a criação de acessibilidades, um montante valor infinitamente menor do que outros investimentos aeroportuários em discussão, sendo de 1,3% do montante necessário para o Aeroporto no Montijo e 0,26% no caso de Alcochete;

​3 – A existência da Base Aérea permite que a utilização civil possa ser concretizada no curto prazo, preparando, desse modo, uma resposta rápida para a retoma do turismo nacional, e servindo como unidade de apoio ao Aeroporto Humberto Delgado até à construção de um novo Aeroporto, podendo de igual modo servir de apoio à infraestrutura do Porto em semelhantes circunstâncias;

​4 – A utilização da Base Aérea de Monte Real é a que melhor defende a racionalidade económica do investimento, porque a partilha de infraestruturas existentes – pista, torre controle, hangar -, reduz o investimento a fazer, podendo inclusivamente os custos ser assumidos por investidores e operadores aeroportuários privados;

​5 – A Base Aérea de Monte Real apresenta excelentes acessibilidades com ligação às principais rodovias a partir da A17, possibilitando a deslocação para Norte (A29 e A1), para Sul (A8 e A1) e para o Interior (A14 e A25), além de poder vir ainda a ser mais potenciada, caso seja rentabilizada a Linha do Oeste com ligação à Linha do Norte;

​6 – Face ao atual contexto pandémico e suas repercussões futuras, do ponto de vista do enquadramento turístico, os destinos com as características da região Centro estão na linha da frente da procura e das tendências internacionais;

​7 – A utilização da Base Aérea de Monte Real poderá ao mesmo tempo aproveitar e influenciar diretamente a posição estratégica das instituições de ensino superior deste território;

​8 – A Base Aérea de Monte Real encontra-se a escassos 20 quilómetros do Santuário de Fátima, que representa um potencial de 400 mil a 500 mil passageiros por ano, que garantem a sustentabilidade da infraestrutura;

​9 – Em setembro de 2019, o primeiro-Ministro António Costa comprometeu-se com a solução Monte Real, num evento em Leiria onde afirmou que a abertura da base Aérea à aviação civil é justa e necessária.


Para os defensores da solução Monte Real, “estão reunidas todas as condições para a criação de um aeroporto civil na Base Aérea de Monte Real, manifestando o nosso empenho e parecer favorável para a transformação da infraestrutura que irá servir o centro do país, sem impactes para as populações, com custos incomparavelmente inferiores e menores impactes ambientais face a outras soluções em estudo”.

Os subscritores “manifestam total disponibilidade para colaborar no processo tendente à abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação Civil, nomeadamente no que diz respeito a diligências junto do setor privado para captação de investimento”, conclui o comunicado da autarquia leiriense.

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