Sociedade
Câmara de Leiria defende que intervenção nas margens do rio Lis respeitou ambiente
Quanto ao período da intervenção, também criticado pela Oikos devido à nidificação, a autarquia aponta que “os trabalhos encontram-se dentro do período de menor perturbação”.

A Câmara Municipal de Leiria considera que a intervenção no rio Lis, efetuada na última semana, decorreu no período de menor perturbação ambiental, respeitando os princípios da engenharia natural.
Opinião contrária expressou esta quinta-feira, em comunicado enviado às redações, a Oikos – Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria.
A associação apelida a ação da autarquia como “drástica limpeza de margens” realizada em ambas as margens do rio Lis, entre a Ponte dos Caniços e a Ponte Hintze Ribeiro.
Em resposta, o Município de Leiria faz saber que se encontra a realizar a empreitada de Limpeza e Valorização da Ribeira dos Milagres e da Frente Ribeirinha do Rio Lis na Cidade de Leiria.
A ação, segundo a autarquia, “consistiu no corte e limpeza de vegetação espontânea arbustiva, incidindo sobre os núcleos de silvados existentes, realizada por uma empresa especializada”, antecedida de sessões de esclarecimento realizadas no dia 8 de julho de 2021, na cidade de Leiria e nos Milagres.
Na cidade de Leiria, a “limpeza das margens foi realizada de modo a possibilitar uma avaliação mais rigorosa dos focos de erosão e instabilidade que se sabe existirem ao longo dos cursos de água municipais, nomeadamente no troço urbano do rio Lis”, refere a autarquia.
Quanto ao período da intervenção, também criticado pela Oikos devido à nidificação, a autarquia aponta que “os trabalhos encontram-se dentro do período de menor perturbação”.
“Uma das técnicas mais comuns é, inclusive, a plantação de espécies ripícolas (ribeirinhas), sendo a zona urbana do rio Lis um dos troços-alvo para esta técnica”, acrescenta a Câmara de Leiria.
Ao Notícias de Leiria, a Oikos esclarece ainda que “ao longo dos últimos anos tem-se pronunciado publicamente sobre estes tipos de intervenção e respetivos erros e impactes”, tendo também já dado “pareceres técnicos, no passado, à CML sobre testes assuntos”.
