Sociedade
Câmara de Leiria vai criar Serviço de Vigilância Ambiental para detetar descargas
“Basta de poluição. Basta de descargas no rio Lis e afluentes. Basta de espalhamentos que empestam a cidade e as nossas freguesias”, afirma Gonçalo Lopes.

O presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, anunciou esta terça-feira a criação de um Serviço Municipal de Vigilância Ambiental (SMVA) com o objetivo de dissuasão e deteção de crimes ambientais.
O SMVA será composto por uma equipa no terreno, com meios materiais e humanos há disposição, com o objetivo de implementar um sistema de vigilância, de dissuasão e deteção de crimes ambientais.
A autarquia leiriense espera a “colaboração da população, das juntas de freguesias, dos agentes económicos para sinalizarem e alertarem para situações em que é necessária a intervenção deste serviço”.
Não querendo substituir as autoridades policiais, Gonçalo Lopes explica que o “objetivo é contribuir para a redução do número de crimes ambientais nas mais diversas áreas, causados por negligência ou causa intencional, e a redução do tempo de intervenção, assim como desenvolver ações de sensibilização e envolvimento da população na melhoria da qualidade ambiental do concelho de Leiria”.
Reagindo às recentes declarações do Ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, durante uma visita ao Pinhal de Leiria, em que afirmou que não será construída uma estação de tratamento de efluentes suinícolas (ETES) em Leiria, o presidente leiriense garante que a autarquia não vai ceder, exigindo soluções efetivas e eficazes, faz saber em comunicado enviado às redações.
“A declaração do Sr. Ministro deixou-me apreensivo na medida em que pode ser entendida como a demissão do Ministério perante a defesa do superior interesse ambiental da população que vive e visita esta região”, considerou Gonçalo Lopes.
Contudo, para não haver conclusões precipitadas, “vamos, por isso, aguardar até fevereiro e avaliar a solução que o Sr. Ministro do Ambiente se comprometeu a apresentar na recente visita ao Pinhal de Leiria”.
“Queremos metas, medidas concretas, meios e recursos, prazos e avaliação”, lê-se no comunicado da autarquia.
“Exige-se que o Governo apresente não só medidas que garantam o correto tratamento de efluentes, mas também o acelerar da estratégia de fiscalização do destino dos efluentes das explorações agrícolas, através de sistemas de guias eletrónicos à semelhança do que acontece com os resíduos sólidos, sistema que tem sido recorrentemente adiado”, acrescenta o presidente Gonçalo Lopes.
Repetindo que o ambiente está no topo das prioridades para o executivo, “Basta de poluição. Basta de descargas no rio Lis e afluentes. Basta de espalhamentos que empestam a cidade e as nossas freguesias”, lê-se ainda no comunicado.
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