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Candidato à Câmara de Ourém confirma buscas em processo que levou à detenção de autarca do Algarve

Em causa está a venda de um terreno ao empresário leiriense Carlos de Matos, abaixo do preço, pelo Município de Vila Real de Santo António (VRSA), no Algarve.

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António Gameiro
Foto: Candidato António Gameiro / Facebook António Gameiro

O deputado António Gameiro confirmou hoje que a Polícia Judiciária fez buscas às suas duas casas e ao escritório onde é consultor, no âmbito do processo que levou à detenção da presidente da Câmara de Vila Real de Santo António.

“Ontem [terça-feira], a Polícia Judiciária realizou buscas às minhas duas casas e ao escritório onde sou consultor, não tendo encontrado qualquer elemento de prova da prática de qualquer crime”, disse à agência Lusa o deputado socialista.

“De qualquer forma estou disponível para que me seja levantada de imediato a imunidade parlamentar, para me poder defender e colaborar com a Justiça, uma vez que até agora não fui notificado desse pedido de levantamento”, adiantou António Gameiro, candidato do PS à Câmara Municipal de Ourém, no distrito de Santarém, nas próximas eleições autárquicas.

O parlamentar, advogado, de 50 anos, afirmou desconhecer “os termos deste processo” no qual é suspeito, mas declarou-se “de consciência tranquila”.

“A minha única ligação a este processo é de natureza estritamente profissional, como consultor de um escritório de advogados”, acrescentou, precisando que, “no âmbito da consultadoria, apenas” recolheu informação, solicitou pareceres e redigiu cartas, “a pedido do escritório, por solicitação da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António.

O socialista, que foi presidente da Distrital de Santarém, garantiu ainda que mantém as funções de deputado e que continua como candidato à Câmara de Ourém.

Quatro pessoas foram detidas na terça-feira pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem e abuso de poder na intermediação de um negócio imobiliário em Monte Gordo, Vila Real de Santo António, informou a PJ.

Em causa está a venda de um terreno, de sete milhões de euros, vendido abaixo do preço pelo Município de Vila Real de Santo António (VRSA), no Algarve.

Conceição Cabrita, presidente da Câmara de VRSA pelo PSD; um funcionário da autarquia do Algarve; Carlos de Matos, empresário leiriense com negócios em França, que terá comprado o terreno; e um outro empresário, de Lisboa, também envolvido no negócio, são os quatro detidos.

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