Cultura
Castelo de Leiria reabre no primeiro semestre com elevadores mecânicos
A vereadora Anabela Graça acredita que os pedidos de aluguer de espaço, receções, conferências, sessões fotográficas ou outras iniciativas deverão aumentar.

O Castelo de Leiria, que fechou em junho de 2019, para obras de reabilitação de alguns dos seus espaços, trabalhos que iniciaram quase em simultâneo com a criação dos acessos mecânicos ao monumento, vai reabrir este semestre.
Numa informação enviada à agência Lusa, o município refere que a execução de infraestruturas para os acessos mecânicos ao Castelo, investimento de 1,6 milhões de euros com apoio de 1,4 milhões de euros, inclui dois elevadores verticais no lado sul e um elevador em carril no lado norte.
Já a reabilitação urbana do núcleo amuralhado, Castelo e envolventes, no valor de 1,9 milhões de euros, com financiamento de 1,5 milhões de euros, contemplou a Casa da Guarda, com diversas intervenções, as cisternas, consideradas um “importante arqueossítio” e tornando visitável o interior, e a Igreja de Santa Maria da Pena, que foi alvo de diversos trabalhos, de conservação e restauro, incluindo colocação de cobertura e vãos ou arranjos no adro e no acesso à Torre Sineira.
Ao nível dos arranjos exteriores, o Castelo vai ter um anfiteatro em pedra, para eventos ao ar livre, os caminhos vão ser nivelados e colocada calçada, e as áreas de repouso também vão ser objeto de intervenção. Está prevista, igualmente, a substituição de espécies vegetais degradadas por autóctones.
À agência Lusa, a vereadora com o pelouro da Cultura, Anabela Graça, destacou que “um dos aspetos mais interessantes e crucial” desta empreitada é, “sem dúvida, a reabilitação da Igreja de Santa Maria da Penha ou da Pena”.
Citando a memória descritiva do projeto, de Santos Pinheiro – Arquitetos Associados, Anabela Graça referiu que “intervir nesta estrutura patrimonial” é “uma obrigação natural e necessária face ao imperativo de garantir a travagem do processo de degradação a que se encontra sujeito”, causado pela ação do tempo e do Homem.
A vereadora realçou que a Igreja da Penha “é um exemplar gótico de rara beleza”, notando que, “infelizmente, do primitivo exemplar românico, que já existiria por volta de 1135-1140, já nada resta”.
Anabela Graça disse esperar um incremento do número de visitantes, “tendo em conta não apenas o facto de cada vez mais o Castelo de Leiria constituir uma grande atração da cidade e do concelho”, como também atendendo a que o seu encerramento “tem suscitado uma enorme curiosidade e expectativas por parte dos leirienses” – “e esta deve ser a grande aposta e desafio em pano de fundo, isto é, devolver o Castelo em primeiro lugar aos leirienses” -, dos que têm visitado o espaço “e ainda mais daqueles que aguardam ansiosamente a sua reabertura para conhecerem o monumento”.
Entre 02 janeiro e 02 de junho de 2019, o Castelo recebeu 26.783 visitantes. Em todo o ano de 2018, tinham sido 71.449 e no ano anterior 84.694, de acordo com informação enviada à Lusa.
Anabela Graça adiantou que está a ser equacionada uma programação cultural que “deverá prever oferta educativa, cultural e de lazer, numa perspetiva integradora e abrangente de todo o núcleo amuralhado da antiga Cerca da Vila”.
Aqui estão incluídos a Igreja de São Pedro, “único exemplar da arquitetura românica que resta na cidade, Monumento Nacional desde 1910 em conjunto com o Castelo”, a Torre Sineira da Sé de Leiria, cujo projeto de musealização está em fase de conclusão de implementação, e o m|i|mo – museu da imagem em movimento, “cuja parceria é fundamental para o desenvolvimento da nova programação do Castelo e envolvente”, referiu.
Exposições de longa duração e temporárias, roteiros culturais gratuitos, serviços educativos e espetáculos de artes cénicas ou performativas são algumas das iniciativas, assim como assinalar datas comemorativas ou a realização de eventos municipais, como o Leiria Medieval ou o festival gótico “Entremuralhas”.
Segundo a vereadora, o Castelo é “muito procurado para aluguer de espaços”, para receções, conferências ou outras iniciativas, que “poderão constituir, igualmente, uma fonte de receitas”, assim como para filmagens e sessões fotográficas, antevendo “um significativo aumento de pedidos após a reabertura” do monumento.

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