Sociedade
Construção de centro escolar dos Marrazes volta a concurso cinco anos depois
Em 2010, Gonçalo Lopes, então vereador na Câmara de Leiria, anunciava a aprovação do Centro Escolar dos Marrazes.

A Câmara de Leiria (PS) aprovou esta terça-feira a abertura de um novo concurso para a conclusão da construção do centro escolar dos Marrazes, cuja obra foi suspensa há cerca de três anos depois de o empreiteiro ter abandonado o projeto.
O vereador das Obras Municipais, Ricardo Santos, explicou na reunião de executivo que o projeto inicial foi renovado e, além de condições de “excelência para o ensino”, terá um “pavilhão desportivo para toda a população e competições”.
O novo procedimento prevê que a empreitada tenha um custo de quase 6,9 milhões de euros e uma duração estimada de 18 meses, resultando de um acordo de revogação de contrato em agosto do ano passado, após a suspensão dos trabalhos em abril de 2018 por incumprimento da anterior empresa de construção, segundo uma nota de imprensa.
A primeira empreitada foi adjudicada em agosto de 2016, pelo valor de cerca de quatro milhões de euros, tendo a obra começado em janeiro de 2017, mas mais de metade dos trabalhos não se realizaram.
Recorde-se que em dezembro de 2010, o então vereador da Câmara de Leiria anunciava o início das especialidades em 2011.
Na reunião de câmara, esta terça-feira, Ricardo Santos informou que a reformulação do novo projeto para o centro escolar contempla três áreas: recinto escolar, pavilhão e zona exterior, num total de 31 mil metros quadrados.
Para o 1.º ciclo estão destinadas 16 salas, que permitem receber 384 crianças. O jardim-de-infância tem previstas oito salas para “cerca de 200 crianças”.
“Há cozinha, refeitório, biblioteca, polivalente e uma horta pedagógica. Os recreios são cobertos e, alguns, dotados de equipamentos lúdicos”, precisou.
O vereador do Desporto, Carlos Palheira, acrescentou que o pavilhão terá um “piso em madeira, com elevado conforto para qualquer prática desportiva”.
“O pavilhão está homologado para a prática de todas as modalidades desportivas que o espaço pode receber, pelo que ficará ao serviço da comunidade educativa e do associativismo”, revelou Carlos Palheira.
Já a vereadora da Educação, Anabela Graça, sublinhou que o projeto irá “pôr fim aos horários de desdobramento” que ainda existem em algumas escolas e “aumentar a capacidade de oferta e a qualidade de aprendizagem, tendo em conta os espaços que terá, como a biblioteca ou salas para trabalho individualizado com os alunos”.
A componente de apoio à família também é uma das ofertas do centro escolar, que deverá abrir portas no ano letivo de 2023/2024.
Nesta infraestrutura vão passar a estar integrados os jardins-de-infância de Outeiros da Gândara, Janardo, Bairro das Almuinhas e n.º 2 de Marrazes, além da Escola Básica n.º 2 de Marrazes, num total de cerca de 600 crianças.
O vereador do PSD, Álvaro Madureira, questionou a Câmara pelo facto de a portaria do centro escolar ficar virada para o Bairro Sá Carneiro, o que, entende, irá “colocar em causa a segurança das crianças”.
Ricardo Santos explicou que na zona envolvente à escola há várias bolsas de estacionamento, pelo que é possível estacionar em segurança.
A vereadora da Educação reforçou ainda que “as crianças não chegam nem saem todas ao mesmo tempo, porque alguns pais deixam-nas antes das aulas começarem e outros só as vão buscar mais tarde”.
