Sociedade
Daniela de Sousa do PAN Leiria apela a mudança de mentalidades com circos sem animais
Para o Circo Victor Hugo Cardinali “um espectáculo de Circo tradicional só fica completo com a presença de animais”.

A deputada municipal Daniela de Sousa, do Partido Pessoas Animais e Natureza (PAN), apela a uma mudança de mentalidades sobre o uso de animais no circo, quando o Circo Victor Hugo Cardinali está de regresso a Leiria.
“Sim, o circo está legal e sim é uma escolha”, diz a deputada leiriense ao Notícias de Leiria justificando que “os animais são seres dotados de sensibilidade e não têm que estar ao nosso serviço”.
Com a tenda localizada junto às Piscinas Municipais de Leiria o espetáculo irá contar com elefantes, camelos, lamas, cavalos e póneis.
No site oficial da companhia circense, numa secção dedicada aos Animais, lê-se que “um espectáculo de Circo tradicional só fica completo com a presença de animais”.
A Lei n.º 20/2019, de 22 de fevereiro, que reforça a proteção dos animais usados em circos “trouxe mais proteção para os animais no circo, talvez por isso é que o próprio Circo sinta necessidade de reforçar no seu site que cumpre a Lei e que os animais fazem parte da tradição daquele espetáculo, talvez porque ainda seja uma atividade lucrativa”, considera a deputada da Assembleia Municipal de Leiria, Daniela de Sousa.
E se a criação da lei é considerado um passo em frente, já o seu regime transitório que permite aos detentores estender a duração das licenças até a um máximo de 6 anos, é entendido pelos defensores dos animais como muito longo. No caso do circo Victor Hugo aplica-se aos elefantes, como se lê no seu site oficial.
Para a também advogada Daniela de Sousa “podemos alertar, chamar a atenção, apelar à consciência de todos, em especial dos mais novos”.
“É sensato ter um leão dentro de uma jaula?” questiona a deputada leiriense e conclui explicando que “os Municípios (o que infelizmente não é o caso de Leiria) podem escolher trazer circos em que seja mostrado exclusivamente o talento humano e os cidadãos podem escolher se querem ou não ver enquanto for legal ou esperar que seja proibido”.
