Sociedade
Empresários consideram que Santuário de Fátima podia receber mais de 6 mil peregrinos
O Presidente da República admitiu que os empresários de Fátima estão a ser penalizados pela falta de grupos de peregrinos estrangeiros.

A presidente da Aciso – Associação Empresarial Ourém-Fátima, Purificação Reis, considerou esta quinta-feira que o Santuário de Fátima poderia ter uma lotação superior a 6.000 pessoas na peregrinação do 13 de outubro.
“Na perspetiva dos empresários, o número apontado dos 6.000 ficou muito aquém do esperado. O recinto do Santuário tem condições para receber um número muito mais elevado de peregrinos em absoluta segurança”, referiu Purificação Reis, antes de um jantar com o Presidente da República, em Fátima, no concelho de Ourém, distrito de Santarém.
Admitindo que “terão existido argumentos” que desconhece e que “levaram à fixação desse valor”, a empresária considerou que 6.000 peregrinos “é um número que se consegue ter no Santuário de Fátima em qualquer sábado ou domingo de um outro fim de semana”.
A presidente da Aciso sublinhou ainda que os visitantes do Santuário não vão para o recinto com “comportamentos efusivos”.
“Vão num espírito de oração, consigo próprios. Portanto, com todas as preocupações, cumprindo todas as regras, penso que existiriam condições para uma peregrinação com um número muito maior de peregrinos e em absoluta segurança”, reforçou.
Purificação Reis constatou que o 13 de outubro “seria a última grande peregrinação” e seria “desejável para este território” uma afluência de visitantes.
“Os empresários têm passado estes momentos particularmente difíceis e contavam com esta peregrinação com um volume superior de peregrinos a visitarem-nos. Temos que nos adaptar às condições existentes e fazer o nosso caminho da melhor forma possível”, resignou-se.
Presidente da República admite que empresários de Fátima estão a ser penalizados
Já o Presidente da República admitiu que os empresários de Fátima estão a ser penalizados pela falta de grupos de peregrinos, nomeadamente da Coreia do Sul, Estados Unidos, Polónia ou Itália, na sequência da pandemia de covid-19.
“É evidente que temos aqui um problema não só para as estruturas turísticas, mas um problema para toda a atividade económica relativamente a Fátima e a Ourém – já não falo dos concelhos vizinhos -, que dependem muito do turismo, que infelizmente o externo já não pode viajar hoje”, constatou Marcelo Rebelo de Sousa.
Quanto aos peregrinos portugueses, o chefe de Estado referiu que “começaram a vir progressivamente”, tal como ele próprio o fez “por duas vezes”.
“Da primeira vez havia 100 pessoas em todo o recinto do santuário. Houve muitas a seguir ao desconfinamento e mais tarde haveria já umas centenas de pessoas espalhadas pelo recinto do Santuário”, adiantou.
O chefe de Estado salientou que Fátima é um “polo de turismo religioso”, mas também de turismo cultural, histórico e patrimonial, que “tem sofrido muito”.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que para que haja recuperação da economia é “fundamental que a pandemia não seja muito longa e que ofereça um horizonte de desagravamento, o que não tem acontecido neste momento”.
