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Empresas de moldes já sentem a paragem da indústria automóvel

A crise provocada pela pandemia pode, também nos moldes, resultar numa nova filosofia de escolha de mercados, diz o secretário-geral da Cefamol.

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Cefamol
Foto: Facebook CEFAMOL-Associação Nacional da Indústria de Moldes

A pandemia da Covid-19 obrigou a mudanças na organização das empresas de moldes nacionais, que já sentem a paragem da indústria automóvel, afirma o secretário-geral da Cefamol – Associação Nacional da Indústria dos Moldes.

“Grande parte dos clientes parou. Há uma ligação muito próxima do setor, como um todo, com a indústria automóvel, e temos visto nas notícias das últimas semanas que a indústria automóvel está paralisada”, diz Manuel Oliveira à agência Lusa.

As 174 empresas representadas pela associação, num universo de 536 no país que dão trabalho a 11 mil pessoas, continuam em atividade, sobretudo porque “têm projetos em curso e estão a respeitar os prazos acordados”.

Mas, nota o responsável da Cefamol, que tem sede na Marinha Grande, a tendência não é otimista, porque “não se perspetivam no curto prazo novas encomendas, como seria normal acontecer”.

A pandemia, contudo, apenas acelerou uma tendência.

“Sobretudo no último ano e meio já vínhamos a sentir que a indústria automóvel está, progressivamente, a diminuir o lançamento de novos projetos”.

A indefinição a nível das motorizações, com hesitações entre as fontes de energia fóssil ou as alternativas, como a elétrica ou o hidrogénio, está no centro do problema.

“Já estávamos a sentir isso e agora a atual situação agrava sobremaneira por via do encerramento, ainda que temporário, das empresas que são nossas clientes. É difícil ter uma perspetiva do futuro, tendo em conta esta visão do mercado”, sublinha Manuel Oliveira.

A Cefamol regista a entrada de algumas unidades em ‘lay-off’, “ainda que parcial”, e todas tiveram de se adaptar internamente a novas normas de segurança interna, “para não colocar em risco os trabalhadores”.

No atual contexto, pensar o futuro não é simples.

“Temos de esperar a resolução da questão sanitária, aguardar para ver como a situação vai evoluir e perceber se os projetos que foram cancelados ou suspensos podem ser reativados num curto espaço de tempo, para que seja possível voltar à produção normal”.

A crise provocada pela pandemia pode, também nos moldes, resultar numa nova filosofia de escolha de mercados, valorizando a produção na Europa em detrimento da Ásia.

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