Sociedade
Fábrica Bordallo Pinheiro nega imposição de férias aos trabalhadores
O PCP afirmou ser inaceitável que a Bordallo Pinheiro tenha interrompido “a laboração no passado dia 20, impondo um regime de férias até 13 de abril”.

A administração da fábrica Bordallo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, refutou hoje as acusações do PCP e dos sindicatos sobre a alegada imposição de férias aos trabalhadores esclarecendo que a antecipação foi solicitada por muitos funcionários.
“Após a declaração do Estado de Emergência, muitos trabalhadores solicitaram formalmente a antecipação do gozo de férias”, esclareceu a administração da Bordallo Pinheiro à agência Lusa, repudiando as acusações do PCP de que a empresa teria “usado a possível utilização do ‘lay-off’ para forçar a aceitação das férias”.
Num comunicado emitido na quinta-feira, a Concelhia das Caldas da Rainha do PCP alertava para as consequências económicas da pandemia de covid-19, considerando inaceitável que a Bordallo Pinheiro tenha interrompido “a laboração no passado dia 20, impondo um regime de férias até 13 de abril”.
A situação das empresas do grupo Visabeira, que detém a Bordalo Pinheiro, já tinha sido denunciada pela Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM), que no dia 26 de março requereu uma ação inspetiva à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
Questionada pela Lusa, a Bordallo Pinheiro afirmou que “muitos trabalhadores solicitaram formalmente” a antecipação das férias, atitude que “denotou o elevado sentido cívico de 100% dos trabalhadores desta empresa, correspondendo às recomendações relativas à preservação da saúde individual e da comunidade”.
A antecipação das férias prolonga-se até ao dia 13, estando a administração da Bordallo Pinheiro e a “analisar todos os cenários possíveis” de implementar após essa data.
