Sociedade
Feira de moldes e plásticos da Batalha arranca com 200 expositores
Mais de 80% da produção é para exportação, de acordo informação prestada pela organização da Moldplas.

A 11.º edição da feira de moldes e plásticos da Batalha, a Moldplas, arranca eta quarta-feira com 200 expositores de todo o mundo e com a promessa de realizar um novo certame já em março, para o segmento 3D.
Em entrevista à agência Lusa, José Frazão, promotor da Moldplas, adiantou que entre os países como maior expressão, em termos de participação, no segmento de máquinas, estão os alemães, seguidos de empresas suecas, italianas e francesas.
Segundo José Frazão, a Alemanha é “o grande consumidor dos moldes portugueses e [este mercado] quer máquinas de fabrico alemão”.
Já no segmento das ferramentas estarão presentes grupos coreanos e chineses, entre outros, enquanto na área da robótica a Moldplas irá receber empresas japonesas.
A ultima edição da Moldplas foi há cerca de um ano e meio e, tendo em conta a evolução do segmento de protótipos, a organização resolveu avançar com um certame para o negócio do 3D.
“Tivemos uma procura mais elevada por causa do 3D e neste momento estamos a projetar uma feira para março”, revelou José Frazão, explicando que “agora faz-se o primeiro molde já com aço e as primeiras 10 a 12 peças são produzidas em 3D para o cliente ver como vai ficar [a peça]”.
O novo evento é mais virado para a inovação, tecnologia e protótipos que estão a mudar esta indústria.
De acordo com o promotor do certame, no futuro será possível fazer um automóvel quase “à medida do cliente”, graças à ligação crescente entre a indústria metalomecânica e o 3D. E, por isso, provavelmente nos próximos anos os promotores irão voltar a realizar os dois certames.
Entre 2010 e 2018, o setor dos moldes “apresentou um crescimento acima dos 100% nas exportações”, revelou José Frazão, ou seja, perto de 800 milhões de euros, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
