Opinião
Festa do Avante! – com segurança e alegria é possível viver!
“O silenciamento de anos e anos a que a Festa do “Avante!” foi sujeita, deu agora lugar à mentira e à calúnia.”

O aumento do recinto da Festa em 10.000 m2 – são este ano 30.000 m2, qualquer coisa como trinta campos de futebol; Redução da lotação para 1/3; Redução do número de palcos – serão 3, ao ar livre e com áreas de plateia aumentadas; “Assistentes de plateia” que de forma permanente orientarão os espectadores dos concertos de modo a garantir todas as normas de higiene; Desinfecção permanente de vários espaços, utensílios, balcões, mesas, etc; Cineavante, Avanteatro, Feira do Livro, espaços outrora circunscritos a tendas, ao ar livre; Alargamento dos espaços de esplanada e distanciamento físico obrigatório; Abertura mais cedo das portas para evitar concentrações na entrada. Estes são apenas alguns exemplos das medidas de protecção e higiene sanitária na Festa do “Avante!” (e que podem ser consultadas aqui que garantirão que participar nela será tão ou mais seguro que ir à praia, a um centro comercial, a mercados e feiras, a um restaurante, ou a vários eventos culturais e desportivos que já decorrem, e bem, no nosso País.
Engane-se quem, porventura, olhe para todas estas medida com aborrecimento e desabafe “sendo assim, nem vale a pena”. Não, na Festa do “Avante!” o distanciamento será físico e nunca social!
Haverá concertos e música para todos os gostos, do fado ao hip-hop, Gastronomia do Minho às iguarias insulares e exposições e debates tão abrangentes que é inverosímil não encontrar um que suscite curiosidade. Haverá ainda a Cidade da Juventude, ponto de encontro dos jovens que visitam a Festa do “Avante!”, e o Espaço Internacional, onde a luta e resistência dos povos do mundo estará bem expressa. Sobretudo, há abundante solidariedade e alegria.
Obviamente, não será uma Festa igual às outras, pois o PCP não descurará em nenhum momento todas as medidas de protecção e higiene sanitária. Mas isso não quer dizer que não seja, como sempre é, um espaço de liberdade e fraternidade, um momento de convício, cultura e participação, que se afirma em cada edição como a maior realização politico-cultural do nosso país.
Vai ser uma Festa nova em muitos aspectos, de fazer corar os que nos pintam presos ao passado, avessos a mudanças, e que, pela criatividade e responsabilidade dos comunistas, pelo que aprendemos com experiências de festivais, espectáculos e iniciativas erguidas país fora e que a Festa do Avante! vem saudando na sua página de Facebook, pode deixar todos confiantes de que a Quinta da Atalaia será mesmo um espaço seguro.
Será também um sinal. Um sinal de que a necessária protecção da saúde dos portugueses passa também pela defesa e exercício dos seus direitos. Do direito ao trabalho e ao emprego com direitos. Do direito a serviços públicos de qualidade. Do Direito à cultura, ao desporto, ao lazer e a sermos felizes! Por isso a Festa do “Avante!” é também um espaço de luta, de esperança e confiança no futuro que temos pela frente.
Por tudo isto, ela é tão importante, tão significativa. Porque ela será a prova de que é possível viver, com cultura e desporto, com esperança e alegria, mesmo nos mais difíceis dos tempos.
É contra isto que está quem ataca a Festa do “Avante!”. Quem não quer que a Festa do “Avante!” se realize nestes moldes de protecção e higiene não se move por qualquer preocupação com a saúde dos portugueses. Move-se isso sim para tentar condicionar a participação política e a liberdade de todos os que não aceitam que se instrumentalize uma questão de saúde pública para exacerbar medos, apelar à irracionalidade e assim poder impor a sua vontade sem correr o risco de ser questionado.
O silenciamento de anos e anos a que a Festa do “Avante!” foi sujeita, deu agora lugar à mentira e à calúnia. Será fácil de entender que o óbice não é a realização da Festa do Avante! este ano, é mesmo a realização da Festa do Avante!. Ponto. Não importa agora perder muitos caracteres, pois que essa cruzada já foi derrotada – vai haver Festa do Avante!
4, 5 e 6 de Setembro, provaremos que é possível viver com segurança e alegria, confirmaremos que a democracia, os direitos e a liberdade não estão e nunca estarão suspensos– e isso é de capital importância para todos nós, não apenas para o PCP.
Defender a Festa do “Avante!” e participar nela é um acto afinal de defesa da Democracia e de afirmação da esperança e confiança de que desta difícil situação não resultará um País de gente com medo, calada e submissa à exploração e opressão. A Festa é liberdade, sempre o foi. E assim será mais uma vez, com toda a responsabilidade e segurança, porque ser livre nunca foi nem nunca será sinónimo de inconsciência, bem pelo contrário!
