Sociedade
Futura Linha de Alta velocidade deixa Leiria a 40 minutos de Lisboa
Além da ligação de Alta Velocidade, a Estação de Leiria efetuará articulação com a Linha do Oeste que será igualmente alvo de requalificação.

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A cidade de Leiria vai ficar a 40 minutos de distância de Lisboa, através da Linha de Alta Velocidade, um projeto apresentado esta quarta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, no Porto.
Segundo uma nota do Município de Leiria, a autarquia de Leiria também esteve presente na apresentação da Nova Linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa com a presença de Gonçalo Lopes.
Além da ligação de Alta Velocidade, a Estação de Leiria efetuará articulação com a
Linha do Oeste que será igualmente alvo de requalificação.
“Com este investimento, Leiria ficará a apenas 40 minutos de distância de Lisboa, o que representa uma verdadeira revolução na nossa relação com a capital”, destaca Gonçalo Lopes, citado na nota de imprensa enviada às redações.
Assim, de comboio, Leiria registará uma redução de duas horas e trinta minutos na deslocação para Lisboa e duas horas e sete minutos para o Porto.
Em breve começarão os trabalhos para a definição da configuração da estação, adianta a autarquia, realçando a “articulação com a Linha do Oeste que vai estabelecer ligação à Linha da Alta velocidade através de Leiria”.
A construção está dividida em três fases, estando a primeira, o troço entre Porto e Soure, prevista concluir até 2028.
O segundo troço, entre Soure e Carregado, que deve estar concluído até 2030, e deverá diminuir o tempo de percurso para uma hora e 19 minutos.
A terceira fase, entre Carregado e Lisboa, “será construída mais tarde”, disse Carlos Fernandes, e permitirá atingir a duração final de uma hora e 15 minutos de toda a ligação.
Carlos Fernandes garantiu, ainda, que estão previstas “múltiplas ligações” entre a linha de alta velocidade e o resto da rede ferroviária.
Quanto às estações centrais – em Lisboa e no Porto – Carlos Fernandes disse que estas serão servidas “sem ter de construir novos troços” porque “os comboios poderão usar ou a Linha do Norte ou a Linha do Oeste e servir as estações sem necessidade de novas construções”.
“Isto não será um eixo autónomo, um eixo independente, será um eixo totalmente integrado na rede ferroviária nacional”, referiu.
O responsável apontou como “grande benefício” da integração da linha de alta velocidade na linha ferroviária nacional “permitir que a construção desta nova linha se estenda ao resto do país”.
Na apresentação de hoje, que juntou técnicos, governantes e autarcas, foram ainda apresentados projetos para outras estações e ligações, nomeadamente em Leiria e em Lisboa, local onde será construído um terminal técnico e ampliada a estação do Oriente.
“Iremos construir três novas linhas no lado de terra para acomodar o tráfego de alta velocidade. O terminal técnico será construído a jusante desta estação. O projeto está articulado com uma eventual futura terceira travessia do [rio] Tejo, caso venha a ser construída”, concluiu.
Antes, o presidente da IP, Miguel Cruz, recordou que este projeto está incluído no investimento global de 43 mil milhões de euros a realizar até ao final da década na área dos transportes, sendo que 11 mil milhões de euros serão investidos na ferrovia.
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