Bem Estar
Grupo de voluntários leva refeições ao hospital de Leiria
“Temos uma tabela em Excel que define os dias em que cada um confeciona as refeições e quem contribui com os ingredientes ou dinheiro”, precisou Cristiano Carter.

Um grupo de voluntários uniu-se e todos os dias confeciona refeições, que são entregues aos profissionais de saúde dos serviços covid-19 do Hospital de Santo André, em Leiria.
A página de facebook Leiria Consumo Responsável já existia e serviu agora para fazer crescer o número de voluntários que se disponibilizou para contribuir com uma refeição aos profissionais de saúde que combatem a covid-19, explicou à agência Lusa um dos administradores da página, Cristiano Carter.
“A ideia deste projeto foi da minha irmã, que se lembrou de fazer uma refeição, já que estava em casa. Comecei a pensar, ora, se cada um de nós fizer uma refeição conseguimos garantir para todos os dias”, revelou.
Cristiano Carter lançou o desafio na página do grupo e, numa semana, os amigos trouxeram outros amigos. De 100 colaboradores, os voluntários já são entre “400 e 500”.
“Há quem não tenha tempo para cozinhar, mas oferece os ingredientes ou comparticipa com dinheiro. São quatro serviços no hospital, com cerca de 20 profissionais, o objetivo é conseguir entregar refeições todos os dias, pelo menos, num serviço”, adiantou.
Com a ajuda a aumentar, há dias em que é possível entregar cerca de 40 a 50 refeições e, aos fins de semana, o pleno é alcançado nos quatro serviços do Hospital de Santo André, unidade que integra o Centro Hospitalar de Leiria.
O restaurante O Irmão Vegan, na Marinha Grande, contribuiu com sopa à lavrador e salame de chocolate.
A maioria das pessoas não tem qualquer ligação com a restauração, estando apenas três restaurantes envolvidos no projeto.
“Temos uma tabela em Excel que define os dias em que cada um confeciona as refeições e quem contribui com os ingredientes ou dinheiro”, precisou Cristiano Carter.
O jovem relatou que na primeira vez que a entrega foi feita pela sua namorada “os olhos dos profissionais de saúde ficaram vermelhos, emocionados com o gesto”.
“Eles sentiram que não estavam abandonados e que alguém se lembrava deles”, acrescentou Cristiano Carter, informando que faz hoje um mês que as primeiras refeições foram entregues.
O agradecimento dos profissionais de saúde foi o ânimo que o grupo precisava para continuar.
“A covid pode estar menos ativa, mas os serviços continuam a funcionar da mesma forma”, diz Cristiano Carter, lembrando que há que recuperar a atividade assistencial que ficou para trás.
Se as refeições deixarem de ser necessárias no hospital de Leiria, o jovem vai desafiar o grupo a continuar com o seu voluntarismo e passar agora a colaborar com associações na entrega de refeições.
“O projeto poderia ser replicado noutros pontos do país. Continuamos a ver as dificuldades que ainda existem em Lisboa e Porto e não custa nada fazer refeições para 20 pessoas de vez em quando”, desafiou.

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