Sociedade
Leiria e Pombal unem-se na defesa do território face a novas explorações de inertes
O grupo de trabalho surge após um novo pedido de exploração de inertes e caulinos na região.

Um grupo de trabalho que junta os municípios de Leiria e Pombal, apresentado esta segunda-feira, quer evitar novas explorações de inertes se não for garantida a qualidade de vida das populações, assim como a proteção dos recursos naturais.
“Esse é o propósito, é o de que não haja mais novas licenças de exploração sem que se acautele este território”, disse à agência Lusa o porta-voz deste grupo de trabalho e vereador na Câmara de Leiria, Luís Lopes.
Defendendo uma redução dos “impactos cumulativos” das explorações existentes, Luís Lopes afirmou que, nesta altura, sem haver “a garantia absoluta de que os recursos naturais existentes e aqueles que já foram retirados estão a causar impacto na saúde pública, na existência de água e na qualidade da água e até na floresta”, este processo “deve ser mais acautelado”.
O vereador explicou que esta iniciativa surgiu “após um novo pedido de exploração de inertes e caulinos” nesta região e do resultado das “sessões de esclarecimento à população por causa do processo de consulta pública”.
“Entendemos que havia um enorme descontentamento com este tipo de explorações e que era relevante haver, por um lado, um maior acompanhamento das existentes e mais informação, e, por outro, que pudéssemos participar de forma mais ativa nestes novos pedidos de prospeção e exploração”, referiu o autarca, que tem o pelouro do Ambiente.
Fazem parte deste grupo de trabalho, chamado “Proteção ambiental do território”, os municípios de Leiria e Pombal, a freguesia do Coimbrão e a União de Freguesias de Monte Redondo e Carreira (Leiria) e a União de Freguesias da Guia, Ilha e Mata Mourisca (Pombal).
O grupo de trabalho “Proteção ambiental do território” tem como objetivo “promover ações de proteção e preservação do território, das suas gentes, património natural (floresta, geologia, água, ar, solo), infraestruturas e a qualidade de vida das pessoas e animais, considerando os impactos negativos cumulativos de todas as explorações de recursos geológicos e hídricos já existentes, procurando de forma objetiva, sustentada e fundamentada assegurar que não serão concedidas mais licenças de prospeção e/ou exploração de recursos neste território”, lê-se numa nota de imprensa enviada às redações..
