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Leiria vai receber unidade de produção de biometano a partir de efluentes

“Será o projeto de maior dimensão na produção de biometano no nosso País”, escreveu Fernando Breda, diretor-geral da Molgás Energia Portugal, na sua página de LinkedIn.

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A empresa Biojoule Energy, do grupo Molgás, vai criar uma unidade de produção de biometano a partir dos efluentes agropecuários produzidos na região de Leiria, num investimento de 20 milhões de euros.

O projeto foi apresentado esta terça-feira no Centro de Interpretação Ambiental, numa sessão que contou com a presença dos representantes da empresa e do presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes.

Desenvolvido no âmbito de uma candidatura ao PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, através do Programa de Apoio à Produção de Hidrogénio Renovável e outros Gases Renováveis, garante solução para cerca de 300 toneladas/dia de efluentes produzidos no concelho.

Para a Câmara de Leiria, segundo um comunicado enviado às redações, trata-se de um “importante contributo para a resolução de um dos principais problemas ambientais da região”.

A unidade ficará localizada na freguesia do Coimbrão, junto à ETAR-Norte, onde será instalada a Unidade de Produção de Biogás e Unidade ‘upgrading’ e liquefação, que vai tratar, anualmente, 40.000 toneladas de resíduos avícolas, 40.000 toneladas de efluentes suinícolas e ainda 20.000 toneladas de outros resíduos.

Prevê-se, adianta a autarquia leiriense, uma capacidade de produção de energia de 40-50 GWh/ano, com início de construção ainda este ano.

Na apresentação, Fernando Breda, administrador da Molgás, realçou o caráter inovador deste projeto na área das energias limpas, integrando-se na estratégia de posicionamento na linha da frente da descarbonização da economia.

Destacando que a unidade do Coimbrão será a de maior dimensão no país na produção de biomentano, Fernando Breda referiu que este é um projeto com ganhos para todos.

“Para Leiria, que resolve parte do seu passivo ambiental, para os produtores de resíduos, que encontram uma alternativa de valorização, e também para Molgás que passa a assumir a liderança num setor em crescimento”, disse o administrador.

Já Gonçalo Lopes, presidente da Câmara Municipal de Leiria, realçou que este projeto surge num contexto de mudança de paradigma do destino a dar aos efluentes, passando-se de uma lógica de tratamento para a sua valorização, enquanto matéria prima para a produção de energia.

Referindo-se ao projeto como uma “fábrica de energia”, Gonçalo Lopes defende que este projeto dá um contributo “muito claro e valioso para a resolução do problema dos efluentes agropecuários no concelho”, através de uma solução que apresenta vantagens económicas e ambientais.

Gonçalo Lopes apelou ainda aos produtores para que forneçam os efluentes à unidade
de produção de biometano.

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