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Lipedema: a condição médica que se confunde com celulite e que afeta maioritariamente mulheres

O lipedema é uma condição rara de deposição anormal de gordura que afeta principalmente as pernas e as ancas.

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Foto: KoolShooters / Pexels

Segundo as estatísticas, estima-se que 1 em cada 10 mulheres no mundo convive com o lipedema, sendo que muitas destas desconhecem de que se trata.

Esta condição crónica, que afeta quase exclusivamente as mulheres, é habitualmente confundida com a obesidade. Por isso, nem sempre é tratado de forma adequada, resultando num grande abalo emocional para a paciente.

Além do desconforto físico, em estados mais graves a condição afeta a mobilidade. Em muitos casos, leva a problemas de saúde mental, incluindo o desenvolvimento de transtornos alimentares.

Nesse sentido, é importante fazer um correto diagnóstico, assim como um tratamento adequado, que pode envolver cirurgia vascular.

O que é lipedema?

O lipedema é uma condição rara de deposição anormal de gordura que afeta principalmente as pernas e as ancas. É caracterizada por inchaço doloroso e uma distribuição não proporcional de gordura na área afetada.

Por norma, o lipedema afeta mulheres e é frequentemente confundido com obesidade ou celulite.

Como surge?

A causa para o lipedema ainda não é compreendida, pelo que existem diferentes hipóteses tais como fatores hormonais e genéticos.

O lipedema parece manifestar-se a par das alterações hormonais na mulher, como a puberdade, a gravidez e a menopausa. Para além disso, observa-se uma tendência
familiar, com cerca de 60% das pessoas com lipedema afirmarem terem um familiar de primeiro grau com a mesma condição.

Além disso, suspeita-se que a alimentação rica em hidratos de carbono, açúcar e carne vermelha possa agravar o estado desta condição.

Lipedema: como identificar

Uma vez que se pode confundir com outras condições, nem sempre é fácil identificar
o lipedema. No entanto, existem algumas formas de identificá-lo, tais como:

⦁ Distribuição desproporcional de gordura (geralmente acumulada nas pernas e ancas, enquanto o resto do corpo apresenta uma aparência normal);
⦁ Apresentação simétrica;
⦁ Inchaço doloroso nas pernas e ancas;
⦁ Sensibilidade ao toque nas áreas afetadas;
⦁ Hematomas fáceis;
⦁ Dificuldade em perder peso nas pernas e ancas.

Estágios do lipedema

Consoante os sintomas que apresenta, a acumulação de células de gordura em
determinadas áreas do corpo pode-se classificar da seguinte forma:

⦁ Estágio I: superfície da pele normal, o inchaço aumenta durante o dia, mas melhora com o repouso;
⦁ Estágio II: superfície da pele irregular, confundindo-se com a celulite;
⦁ Estágio III: acumulação de gordura maior, sendo possível identificar deformidades e a superfície da pele mais áspera e endurecida;
⦁ Estágio IV: além da acumulação de gordura, verifica-se a acumulação de líquidos na região, dando origem ao linfedema, que aumenta o risco de infeções e diminui o tempo de cicatrização de feridas.

Quais são as consequências de não tratar esta inflamação?

Quando não tratada de forma adequada, a acumulação de células de gordura
resultantes do lipedema pode bloquear os vasos linfáticos, responsáveis por drenar o
líquido dos tecidos para os vasos sanguíneos e acrescentar uma outra patologia,
designada linfedema, a esta condição.

Qual a diferença entre lipedema e obesidade?

Ao contrário da obesidade, o excesso de gordura provocado pelo lipedema não se
distribui pelo corpo todo. Adicionalmente, a prática de exercício físico e de dieta não
emagrece a região do corpo afetada (pelo menos, não de forma tão eficaz como
quando há excesso de peso). Ou seja, a paciente pode perder perímetro na cintura,
mas a área afetada (normalmente pernas, braços, joelhos e coxas) continua volumosa.

Como confirmar o diagnóstico

Por norma, o diagnóstico é feito através de uma história clínica, com avaliação dos
sintomas, e um exame físico.

Em alguns casos, o cirurgião vascular pode solicitar exames complementares de
diagnóstico, como, por exemplo, eco-Doppler venoso, ressonância magnética ou
tomografia computadorizada. Assim, consegue descartar outras condições de saúde,
como o linfedema e tumores do tecido adiposo.

Outros exames que podem ajudar a confirmar o diagnóstico de lipedema são os
exames de função hepática e renal, exames à tiróide e resistência à insulina.

Lipedema: como tratar

Embora não exista nenhum medicamento para o lipedema, existem alguns cuidados e tratamentos que podem ajudar a tratar esta condição, como, por exemplo:

⦁ Fisioterapia e drenagem linfática, promovendo a circulação sanguínea e diminuindo o inchaço;
⦁ Uso de meias de compressão (quando recomendado e tolerado pela doente);
⦁ Dieta equilibrada para controlar o peso e reduzir o edema;
⦁ Atividade física para aliviar a dor e estimular a circulação sanguínea.

Em algumas situações, pode ser necessário recorrer à cirurgia para a remoção do
excesso de gordura em áreas afetadas, melhorando o seu aspeto.

Qual é o especialista que pode ajudar a lidar com o lipedema?

O mais indicado é consultar um especialista em cirurgia vascular, pois consegue ver
em que estado se encontra a saúde vascular. Assim, evita complicações futuras
resultantes do lipedema ou do linfedema.

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