Sociedade
Morreu empresário António Bastos e ex-administrador da UD Leiria SAD
Em dezembro de 2011, o Tribunal de Porto de Mós foi oficialmente notificado do desaparecimento do empresário.

O empresário leiriense António Bastos morreu esta terça-feira, aos 67 anos, alegadamente vítima de doença súbita.
A União Desportiva de Leiria já manifesta o seu “profundo pesar pelo falecimento do seu antigo sócio e dirigente António Cerejo Bastos”.
No clube leiriense, desempenhou funções entre 1997 e 2005, enquanto vice-presidente da Direção, foi também um dos primeiros subscritores individuais e administrador da extinta UD Leiria, Futebol, SAD, no período de 1999 a 2011.
Fuga de Portugal
Em dezembro de 2011, o Tribunal de Porto de Mós foi oficialmente notificado do desaparecimento do empresário, que se encontrava em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, na Figueira da Foz.
O foragido viajava pelo estrangeiro, mas evitando a Europa, com passaporte em nome de António José Santos Pereira.
Em 2016, António Bastos é detido em Bissau, capital da Guiné-Bissau, “com um documento de identificação falso” e preparado para ser extraditado para Portugal.
Durante as diligências, António Bastos terá simulado uma indisposição para sair de uma audição em tribunal para o Hospital Simão Mendes, na capital guineense, onde ficaria internado.
De acordo com a Agência Lusa, terá sido encenada uma substituição de seguranças, contudo a Polícia Judiciária acabaria por deter Bastos na Gâmbia, levando-o de regresso para Bissau.
António Bastos condenado a 13 anos de prisão por homicídio
Em novembro de 2010, o Tribunal de Porto de Mós condenou o empresário a 13 anos de prisão por ter matado um homem, já algemado.
António Bastos, na época com 56 anos, deu de caras com um dos ladrões que assaltava a sua empresa, a Madiver.
Cansado de ver a sua firma ser assaltada, o ex-administrador da SAD da União de Leiria virou a caçadeira que empunhava e disparou, causando a morte imediata do assaltante: um seu antigo funcionário cujo irmão foi casado com uma filha do empresário.
Um militar da GNR, que levava o suspeito já detido, ficou ferido.
Segundo o acórdão, o tribunal deu como provado que o empresário teve a intenção de matar, já que o disparo foi feito à «queima-roupa». O juiz presidente concluiu que «não há dúvida» que o arguido queria matar a vítima.
