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Município de Leiria suspende construção do pavilhão multiusos e vai reavaliar projeto

Segundo Gonçalo Lopes, “não há recuo, há sentido de responsabilidade”.

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Pavilhão Multiusos Leiria CAM
Foto: DR

O Município de Leiria suspendeu o processo de construção do Centro de Atividades Municipal (pavilhão multiusos) e vai reavaliar o projeto e o seu impacto na cidade, anunciou esta terça-feira o presidente, Gonçalo Lopes.

“Leiria merece, mas é preciso estudar e avaliar com cuidado.”

Numa declaração subscrita por todos os vereadores do PS, Gonçalo Lopes salientou que Leiria “merece” um novo pavilhão, mas é preciso “estudar e avaliar com cuidado” antes de ser dado “um passo que leve a autarquia “de volta a um passado” que este executivo não pretende repetir.

“O que queremos analisar? Se este equipamento pode ser mais barato. Se existe possibilidade de financiamento comunitário. Se podemos envolver privados na sua construção e exploração. A sua implantação, que terá vantagens e desvantagens, divide claramente a população. Face a todas estas questões, temos a obrigação de ser responsáveis na análise de um dossiê relativo a uma infraestrutura que se pretende seja uma âncora e não um entrave ao desenvolvimento de Leiria, como aconteceu com o estádio”, sublinhou o autarca.

Nesse sentido, o Município irá avançar “com a realização de um estudo económico, em que devem ser também analisados os custos de funcionamento no futuro”.

“É também fundamental avaliar o impacto desta infraestrutura ao nível do estacionamento e circulação, numa área que vai receber outro equipamento fundamental para o futuro de Leiria: o Centro de Negócios no Topo Norte do Estádio, e que vai gerar uma nova dinâmica naquela área”, acrescentou.

“Não há polémica ou dissidências dentro da Câmara e dos eleitos do PS.”

“Não há cancelamento do projeto, há planeamento, não há polémica ou dissidências dentro da Câmara e dos eleitos do PS, entre o atual e o anterior presidente, há preocupações de sustentabilidade e gestão rigorosa dos dinheiros públicos, como é apanágio deste executivo da Câmara desde há 10 anos”, sublinhou o presidente, justificando a medida, tendo em conta que foi Raul Castro, anterior presidente, que abraçou este projeto.

Há dois anos, Raul Castro avançava, contra as críticas do PSD, que a construção era para avançar e que o valor de 12 milhões seria para cumprir.

Da autoria do arquiteto Pedro Cordeiro, natural de Leiria, o multiusos iria incluir uma arena com capacidade para 4 mil lugares sentados e 7.500 lugares em pé, um palco, um ginásio com um pé direito de 7 metros, dependências como espaço antidoping, sala de tradução, sala de juízes, árbitros e monitores e dois balneários para árbitros e espaços comerciais.

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