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Municípios de Batalha e Leiria satisfeitos com o fim do projeto de prospeção de gás

Em 2015, o Estado português assinou um contrato para a pesquisa e produção de hidrocarbonetos com a empresa Australis Oil & Gas Portugal, que abrangia duas concessões ‘onshore’, na Bacia Lusitânica, denominadas “Batalha” e “Pombal”, esta seria na zona da freguesia da Bajouca, no concelho de Leiria.

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Manifestação Gás Bajouca 2
Foto: Manifestação Gás na Bajouca / Município de Leiria

Os presidentes dos municípios de Leiria e da Batalha mostraram-se esta sexta-feira satisfeitos com o fim do projeto de prospeção de gás natural na região, pela Australis Oil & Gas Portugal, salientando que o ambiente fica a ganhar.

“Ainda não temos a informação oficial, mas, acreditando nas notícias, é uma grande vitória para a população da Bajouca, que se mobilizou para que pudessem ser travadas estas explorações na sua freguesia e que teve o apoio de todas as outras freguesias do concelho”, afirmou à agência Lusa o presidente do Município de Leiria, Gonçalo Lopes.

“É uma vitória para a população e para o ambiente”.

Sublinhando que as “questões ambientais são decisivas para o futuro da região”, o autarca socialista reforçou que a decisão é uma “vitória para a população e para o ambiente”.

O presidente do Município de Leiria considerou ainda que esta decisão prova que “quando as pessoas estão unidas em torno de um objetivo conseguem alcançar os seus objetivos”, o que “representa uma esperança para resolver outras deficiências ambientais” do concelho.

Gonçalo Lopes entende ainda que também é uma “vitória política”, porque a Câmara “assumiu que era contra a exploração e apresentou uma análise técnica e argumentos políticos”.

Também o presidente do Município da Batalha, Paulo Batista Santos (PSD), considerou à Lusa que a informação “não só é uma boa notícia, como é a confirmação do que se vinha a alertar”.

“A concessão, como foi lançada, não era sustentável e a empresa não tinha grandes interesses, além do aspeto financeiro. Pena que tivéssemos de andar a lutar”.

Paulo Batista Santos alertou o Governo para que “não renove esta concessão” e para que ela “seja cessada definitivamente”.

“A prospeção iria contaminar as linhas de água que também suportam o consumo de água humana.”

“As questões ambientais sairiam prejudicadas no nosso Maciço Calcário Estremenho. A prospeção iria contaminar as linhas de água que também suportam o consumo de água humana”.

Para Paulo Batista Santos, “essa concessão não traria qualquer valor acrescentado para a região e nem para o país, até porque se conseguiria o gás mais barato indo buscar a Marrocos e à Argélia”.

Em setembro de 2015, o Estado português assinou um contrato para a pesquisa e produção de hidrocarbonetos com a empresa Australis Oil & Gas Portugal, que abrangia duas concessões ‘onshore’, na Bacia Lusitânica, denominadas “Batalha” e “Pombal”, esta seria na zona da freguesia da Bajouca, no concelho de Leiria, cobrindo uma área de aproximadamente 2,500 km2.

Em comunicado, a associação ambientalista Zero considerou hoje que a desistência “põe um ponto final na possibilidade de se vir a explorar combustíveis fósseis em Portugal”.

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