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O atual estado da Nação

“Somos Portugueses e somos bons apenas nos falta algum amor próprio e patriotismo para irmos mais além”.

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Opinião Notícias de Leiria
Foto: Notícias de Leiria

Em face da actualidade, não há como abordar outros temas sem começar pela assombração actual, o monstro do coronavírus, um inimigo invisível que não poupa ninguém independentemente da classe ou estrato social, aquele que fez com que os conscientes tomassem precauções e os inconscientes ridicularizassem os avisos e continuassem a fazer a sua vida como se fosse algo normal.

Um belo exemplo disso foram todos aqueles que durante um domingo solarengo, decidiram ignorar todas as recomendações das autoridades para se colocarem em risco elas próprias e terceiros e tendo ido passear para a Polis de Leiria.

Face a estas atitudes a própria câmara municipal de Leiria tomou medidas “adicionais”, medidas essas na minha opinião demasiado brandas, pese embora a maioria das pessoas cumpre as recomendações e fique em casa, existem outras levianas que pensam que isto não é nada de especial.

Mas a meu ver existem casos piores, como aqueles em Lisboa que também durante o fim se semana decidiram ir até à zona das praias. De certo modo até reconheço que uma pessoa que está confinada a um apartamento numa na cidade, seja extremamente aborrecido ficar fechada em casa, mas lembrem-se, os nossos antepassados tiveram que participar em guerras, e a nós a única coisas que nos pedem é que fiquemos no conforto da nossa casa.

Há heróis, habitualmente pouco valorizados na nossa sociedade, que estão na linha da frente a apoiar e a combater este mal, com pouco ou quase nenhum equipamento e que diariamente estão limitados pois não podem ir a casa abraçar os seus filhos ou os seus cônjuges.

Estamos a viver algo que na era contemporânea já tinha acontecido em grande escala e mesmo assim, com a quantidade de notícias e de informação que existe, continua a não existir preparação e prevenção. Tivemos diversos avisos sobre outros países, países vizinhos onde actualmente os números são muito negros e mesmo assim desprezaram-os.

Antecipadamente no início desta pandemia foram propostas medidas preventivas, fecho e controlo de fronteiras, aeroportos, ou o importantíssimo confinamento obrigatório mas rapidamente foi apelidado de louco, extremista e fascista.

As medidas preventivas que são tomadas hoje, deveriam já ter sido aplicadas à semanas atrás. Mas a mensagem que nos é transmitida pelos actuais dirigentes e governantes é que está tudo bem e que continuemos a trabalhar mesmo quando diversas entidades contradizem estas ideias e acusam os mesmo de faltar à verdade.

Diariamente manipulam-se números a fim de evitar o pânico e a falta de aptidão do actual governo, prova disso são os temas que esta pandemia trouxe ao de cima, quando se pode ser detido por não cumprir o estado de quarentena mas ao mesmo tempo discute-se em libertar os presos.

Esquecem-se que podemos vir a viver tempos de elevada criminalidade e quando, por exemplo, se fala em colocar os presos a trabalhar lá vem os defensores dos direitos cívicos dizer que tais ideias são absurdas e que o preso tem que ser reintegrado na sociedade.

Por todo o Portugal apareceram empresas e entidades dispostas a ajudar, dispostas a produzir a custo zero equipamento para ajudar a travar esta situação que caminha a passos largos para uma calamidade, mas mais uma vez optou-se por ir comprar diverso material à China, directa ou directamente a grande responsável por isto tudo.

Mas o que se há de dizer? Somos Portugueses e somos bons apenas nos falta algum amor próprio e patriotismo para irmos mais além. Infelizmente muitas vezes só olhamos para o nosso próprio umbigo e esquecemos-nos que existe uma sociedade para além de nós.

O ditado já é antigo, “mais vale prevenir do que remediar”, a economia vai demorar a sarar, mas os mortos nunca mais voltam.

#FiqueEmCasa

#CompreNacional

 

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O Notícias de Leiria convidou todos os partidos representados na Assembleia da República para a publicação de um artigo de opinião, da inteira responsabilidade do seu autor.

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