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Cinema

O chick flick deste outono – Raparigas Rebeldes de Paradise Hills

“As cenas de luta e perseguição, que antecedem o clímax da longa-metragem, têm um ritmo lento e tornam-se aborrecidas e previsíveis”.

Publicado

em

Paradise Hills
Foto: Facebook Jeremy Irvine

Título: Raparigas Rebeldes de Paradise Hills
Realização: Alice Waddington
Ano: 2019
Classificação IMDB: 6.1

A um grupo de adolescentes rebeldes, cada uma com as suas caraterísticas distintivas em evidência, junta-se um pouco de ficção científica e o que temos é um chick flick estilizado.

Uma (Emma Roberts) recusa casar com o pretendente rico que a sua mãe prefere, mas continua à espera que o príncipe encantado a salve. Por ser desobediente, é enviada para uma espécie de campo de férias, reconhecido por conseguir “tratar” casos difíceis.

Este aspeto faz-nos lembrar notícias recentes, sobre campos americanos para conversão de adolescentes homossexuais. Apesar de existir apenas num mundo distópico, o que acontece nesta instituição é sombrio e encoberto pelas várias figuras de autoridade, à semelhança dos campos de conversão reais.

Os efeitos especiais não são particularmente credíveis; os cenários e o guarda-roupa são demasiado artificiais, podendo ser interpretados como uma metáfora para a superficialidade de uma sociedade, na qual as aparências são mais importantes do que a realidade e tudo é um construído e ficcional.

As cenas de luta e perseguição, que antecedem o clímax da longa-metragem, têm um ritmo lento e tornam-se aborrecidas e previsíveis.

A linha narrativa da demonização dos adultos (principalmente de figuras maternas) já é uma receita com sucesso comprovado, mas também um subterfúgio fácil.

No entanto, a mensagem de Raparigas Rebeldes de Paradise Hills é relevante para o seu público-alvo e esta forma de a transmitir, mais aperfeiçoada e complexa visualmente, reflete as exigências de uma nova geração de jovens espetadores.

Veja aqui o trailer:

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