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Cinema

O Dilema das Redes Sociais – Os mestres das marionetas

“A agenda social e política está camuflada nas redes, por entre frases poéticas e fotografias bonitas e tem consequências desastrosas, limitadoras da liberdade e dos direitos humanos”.

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em

Telemóvel
Foto: Telemóvel / Pixabay

Título: O Dilema das Redes Sociais
Realizador: Jeff Orlowski
Ano: 2020
Classificação Notícias de Leiria: 9 brisas do lis
(Legenda: 0 brisas – fraquinho / 10 brisas – imperdível)

 

O Dilema das Redes Sociais é o documentário da Netflix, que está nas bocas do mundo e que reúne diversas figuras de topo do Facebook, Google, Twitter, entre outros. Estas personalidades têm uma perspetiva única de dentro das organizações e empresas das quais fizeram parte e, por isso, conseguem ver o lado bom e o lado mau. Mas aquilo que torna este filme assustador não é identificar os problemas que já conhecíamos ou dos quais tínhamos uma noção, é sim desvendar detalhadamente o como e o porquê da perpetuação da “face obscura”.

A forma como a inteligência artificial ultrapassa a compreensão humana e nos controla sem percebermos, a monetarização do tempo que oferecemos ao ecrã, o jogo de probabilidades feito com o nosso destino como garantia… Os mestres das marionetas são supercomputadores que calculam algoritmos e tomam decisões a uma velocidade incompreensível pelos padrões humanos. São estes sistemas que nos ludibriam e servem propósitos nem sempre tão “inócuos” como promover um novo produto. A agenda social e política está camuflada nas redes, por entre frases poéticas e fotografias bonitas e tem consequências desastrosas, limitadoras da liberdade e dos direitos humanos.

Apesar de a internet ter trazido muitos efeitos positivos, transformou-se numa máquina que cria empresas bilionárias sem consciência ética e que não há como travar. As suas engrenagens e ramificações são tantas e tão profundas que não é possível colocar-lhe limitações e as leis são poucas ou ineficazes. A própria disseminação de ideias críticas às redes sociais é feita, ironicamente, nas mesmas redes que se condenam.

Vivemos num filme de ficção científica, tão para além dos nossos piores pesadelos, que não conseguimos sair dele e ficamos paralisados perante a esmagadora prepotência das redes sociais, sem as quais não conseguimos viver.

Veja aqui o trailer:

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