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Cinema

O Lobo Solitário – Sessão de Q&A

A inspiração veio da Rádio Voz de Alenquer. Filipe Melo considera o filme uma “carta de amor à rádio”.

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Foto: Filme O Lobo Solitário / DR

Título: O Lobo Solitário
Realizador: Filipe Melo
Ano: 2021
Classificação Notícias de Leiria: 9/10 brisas do lis

O Lobo Solitário é a curta do realizador português, que está na “shortlist” dos próximos Prémios da Academia. Vitor Lobo (Adriano Luz) é o anfitrião de um programa noturno de uma rádio local. Numa noite, recebe a chamada de um velho amigo, que faz revelações chocantes perante os ouvidos atentos de toda a audiência.

É um filme curto e incisivo que prende o espetador, tanto pelo argumento como pelo trabalho de câmara, com subtis mudanças que refletem as alterações do estado mental do protagonista ao longo do programa. Vitor Lobo domina o seu espaço no ar e as suas emoções. Quando estes são invadidos de rompante, o seu controlo e o seu futuro ficam em perigo.

O Notícias de Leiria esteve presente na sessão de Q&A, com o realizador Filipe Melo e o ator Adriano Luz e partilhamos convosco algumas respostas.

A pré-seleção para os Óscares

Filipe Melo: Foi uma notícia feliz. Mais do que criar expectativas, estou a aproveitar o momento.

A intenção

FM: Queria criar uma personagem indecifrável, que não se conseguisse saber em que estava a pensar.

O desafio

Adriano Luz: O grande desafio era fazer este filme num plano de sequência, fazê-lo com um crescendo dramático e com uma equipa toda em cima de ti.

A cinematografia

FM: Eu não costumo gostar de planos contínuos, mas se há uma história que precisa de um plano contínuo é esta, porque não podemos deixar o Vitor. A câmara é como um tubarão à volta do Vitor. Foi como uma coreografia.

Os takes

FM: Por norma, o primeiro take bom é sempre o melhor. Fizemos cerca de 36 takes.

A inspiração

FM: A inspiração veio da Rádio Voz de Alenquer. É uma carta de amor à rádio.

As emoções

AL: A rádio funciona como uma “comida de conforto”, para as pessoas que a ouvem. Há qualquer coisa de quotidiano nos primeiros momentos do filme. Quando aquela noite descamba, começa a sair do programado, vem o medo e a raiva. Mas o Vitor é um negacionista e não sente culpa, por isso provavelmente vai continuar a ser o que sempre foi.

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