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Operação Triângulo: Empresário Carlos de Matos e deputado António Gameiro envolvidos em venda de terreno

O terreno terá sido comprado em abril do ano passado, por 5,6 milhões de euros, pelo grupo imobiliário Saint Germain, do empresário Carlos de Matos.

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António Gameiro
Foto: Candidato António Gameiro / Facebook António Gameiro

A Polícia Judiciária (PJ) desencadeou esta terça-feira a Operação Triângulo, na região do Algarve, Lisboa, Leiria e Ourém, levando à detenção de quatro pessoas e cerca de duas dezenas de buscas.

Em causa está a venda de um terreno, de sete milhões de euros, vendido abaixo do preço pelo Município de Vila Real de Santo António (VRSA), no Algarve.

Conceição Cabrita, presidente da Câmara de VRSA pelo PSD; um funcionário da autarquia do Algarve; Carlos de Matos, empresário leiriense com negócios em França, que terá comprado o terreno; e um outro empresário, de Lisboa, também envolvido no negócio, são os quatro detidos.

António Gameiro, deputado socialista e candidato à Câmara Municipal de Ourém, aguarda a decisão sobre o pedido de levantamento da imunidade, para eventualmente ser também constituído como arguido.

De acordo com o jornal Expresso (acesso pago), o pedido de levantamento da imunidade parlamentar de António Gameiro chegou esta terça-feira, 13 de abril, à Assembleia da República.

No mesmo dia, a Polícia Judiciária terá feito buscas à casa do deputado socialista, em Seiça, concelho de Ourém.

O terreno terá sido comprado em abril do ano passado, por 5,6 milhões de euros, pelo grupo imobiliário Saint Germain, do empresário Carlos de Matos, explica o jornal.

O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, que dirige o inquérito, diz que “em causa estão factos suscetíveis de integrarem a prática dos crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem e abuso de poder”.

Ou seja, há suspeitas de que a presidente e o funcionário camarário receberam dinheiro para fazerem com que o imóvel fosse vendido ao grupo Saint Germain de Carlos de Matos, sendo assim o empresário leiriense o corruptor ativo.

As autoridades consideram ainda que o terreno terá sido vendido abaixo do preço real de mercado. António Gameiro e o empresário da zona de Lisboa detido terão servido como intermediários no negócio. O nome da operação, ‘Triângulo’, foi escolhido por, alegadamente, alguns dos suspeitos pertencerem à maçonaria, conclui o jornal Expresso.

A Operação Triângulo envolveu cerca de 70 inspetores, peritos informáticos e financeiros, seguranças, seis juízes de instrução e cinco procuradores.

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