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Cinema

Os negros bastidores de Hollywood – Judy

“A personagem Dorothy e a personagem Judy Garland fundem-se e confundem-se, sufocando a mulher real, de carne e osso, presa num dia-a-dia cada vez mais insuportável”.

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Judy
Foto: Facebook Judy

Título: Judy
Realização: Rupert Goold
Ano: 2019
Classificação IMDB: 7.2

Seguindo a tendência do cinema biográfico, Judy desvenda uma fase da vida da artista homónima, com foco nos seus conhecidos problemas com álcool, drogas e restrições de peso.

Revela, também, como desde muito cedo a atriz e cantora foi instigada a ambicionar a fama, a distinguir-se na multidão e a sacrificar tudo por essa obsessão.

Quem não se lembra da menina de totós de “O Feiticeiro de Oz”, que perdura no nosso imaginário? Mas esta não é Judy Garland, ou melhor, não é Frances Ethel Gumm. São personagens criadas por Hollywood, para entreter e distrair.

A personagem Dorothy e a personagem Judy Garland fundem-se e confundem-se, sufocando a mulher real, de carne e osso, presa num dia-a-dia cada vez mais insuportável.

Centrada num período muito limitado da carreira de Judy, próximo da sua morte trágica, esta longa-metragem rapidamente se torna aborrecida, por falta de conteúdo, de ritmo e de ação narrativa.

É um esmiuçar de pormenores da vida da artista, que nada trazem de novo e não prendem o espetador, não criam interesse, não nos envolvem na história. Até mesmo os flashbacks se tornam monótonos, para um público já muito habituado a esta estratégia cinematográfica.

Mas não é uma total perda de tempo! Desde a belíssima atuação de Renée Zellweger, ao guarda-roupa e caraterização impecáveis, há muito para apreciar e para escutar em Judy…

Veja aqui o trailer:

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