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“Pavilhão Mozart” lança reclusos da Prisão de Leiria na produção audiovisual

Os reclusos do Estabelecimento Prisional de Leiria – Jovens (EPL-J) vão mostrar no dia 11 de outubro, sexta-feira, o resultado de uma residência artística de produção audiovisual, desenvolvida nos últimos meses no âmbito do projeto “Pavilhão Mozart”, que continua “Ópera na Prisão”.
A iniciativa é da Sociedade Artística Musical dos Pousos (SAMP), que lançou um programa de residências artísticas para a população prisional.
Na Tanoaria do EPL-J será exibido o documentário “A palavra liberta”, que regista o processo de criação de duas músicas e dois videoclips, que também serão apresentados nesse dia.
“O guião, o ‘set’, a luz, o som e as personagens são sempre as mesmas, nesses ‘estúdios de cinema’, que são os pavilhões do EPL-J”, explica o coordenador do projeto, David Ramy, em nota divulgada pela SAMP.
Ao longo de três meses, os reclusos “gravaram o som ambiente de pátios e de pavilhões, criando ainda ‘beats’ com eles”. Escolheram instrumentos, criaram refrões, “exprimiram a alma para fazer letras, essas letras que só eles sabem fazer de forma tal que cada um de nós recebe o impacto delas dentro do estabelecimento”.
Utilizando cores, efeitos de luz e fumo em celas e corredores, os participantes no projeto conseguiram, “como por magia”, criar “outro mundo, outro universo prisional”.
“Ópera na Prisão” é um projeto que a SAMP desenvolve no EPL-J desde 2014, com o objetivo principal de diminuir os níveis de reincidência criminal entre os reclusos.
A sessão de dia 11 começa às 15:30, é aberta ao público (maior de 16 anos) e tem entrada gratuita, mediante inscrição prévia.
