Sociedade
Pedrógão Grande: 11 arguidos, 285 testemunhas e mais de 20 mil folhas
O julgamento já contou com 62 sessões de julgamento onde 285 testemunhas prestaram depoimento.

O julgamento para determinar eventuais responsabilidades criminais nos incêndios de Pedrógão Grande, em junho de 2017, chega ao fim na terça-feira, com a leitura do acórdão, no Tribunal Judicial de Leiria.
Em números, o processo contou com 11 arguidos, 20 pessoas constituíram-se assistentes e dez demandantes, incluindo Segurança Social, Administração Regional de Saúde do Centro e vários centros hospitalares do país.
Mais de uma dezena de pedidos de indemnização cíveis são reclamados, aos arguidos, empresas EDP e Ascendi, Estado, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, e aos municípios de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande.
O julgamento já contou com 62 sessões de julgamento onde 285 testemunhas prestaram depoimento.
Dos 11 arguidos, prestaram declarações em audiência de julgamento os funcionários da Ascendi, o presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos e o ex-presidente do Município de Pedrógão Grande.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande afirmou que iria prestar declarações, recuando depois, quando, após ter iniciado, foi interrompido pela juíz-presidente, a qual explicou que o tribunal não queria ouvir estados de alma, mas factos.
No momento exatamente anterior ao início das alegações finais, em 18 de maio, o ex-autarca Valdemar Alves fez um esclarecimento, para assumir responsabilidade na gestão das faixas de combustível no concelho.
O processo conta com 54 volumes, 27 apensos e 17 anexos. O processo principal somava em maio cerca de 20.600 folhas.
