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Pedrógão Grande: MP interpôs recurso do acórdão que absolveu os arguidos

No dia 13 de setembro, os 11 arguidos foram absolvidos pelo Tribunal Judicial de Leiria.

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World Press Photo
Foto: Bebé e incêndio / Nuno André Ferreira

O Ministério Público (MP) interpôs recurso do acórdão que absolveu os 11 arguidos do processo para determinar eventuais responsabilidades criminais nos incêndios de Pedrógão Grande, em junho de 2017, anunciou a Procuradoria-Geral da República.

No website na Internet da Procuradoria da República da Comarca de Leiria lê-se que, “após análise da decisão em causa e por não se conformar com o sentido da mesma”, o MP interpôs recurso para a Relação de Coimbra.

No dia 13 de setembro, os 11 arguidos foram absolvidos pelo Tribunal Judicial de Leiria.

Quanto aos pedidos de indemnização cível, o tribunal julgou-os totalmente improcedentes, absolvendo os arguidos e os demandados.

Os arguidos eram o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, então responsável pelas operações de socorro, dois funcionários da antiga EDP Distribuição (atual E-REDES), José Geria e Casimiro Pedro, e três trabalhadores da Ascendi (Rogério Mota, José Revés e Ugo Berardinelli).

Os ex-presidentes das Câmaras de Castanheira de Pera e de Pedrógão Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, respetivamente, também foram acusados.

O presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu, assim como o antigo vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande José Graça e a então responsável pelo Gabinete Florestal deste município, Margarida Gonçalves, estavam, igualmente, entre os arguidos.

Em causa neste julgamento estavam crimes de homicídio por negligência e ofensa à integridade física por negligência, alguns dos quais graves. No processo, o Ministério Público contabilizou 63 mortos e 44 feridos quiseram procedimento criminal.

No dia 12 de outubro, a Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG) divulgou uma carta dirigida à procuradora-geral da República, Lucília Gago, através da qual pretendia saber a posição do MP sobre aquele.

Sem nunca questionar diretamente se o MP iria recorrer da decisão, a associação disse acreditar que “a Justiça ainda está por vir”, depois de ter auscultado os seus associados “e de muita reflexão”.

“Acreditamos que muitas mortes/fatalidades poderiam ter sido evitadas, caso todas as entidades tivessem cumprido o que a lei lhes obriga em termos de limpeza e gestão de combustíveis”, lê-se no texto assinado por Dina Duarte, presidente da AVIPG.

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