Sociedade
Presidente da República lamenta morte de gestor Alexandre Patrício Gouveia
As cerimónias fúnebres irão realizar-se hoje em Lisboa, na Basílica da Estrela, onde o corpo estará em câmara ardente, a partir das 18h00.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou este domingo a morte do gestor Alexandre Patrício Gouveia e destacou o seu trabalho como presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota.
Alexandre Patrício Gouveia, antigo adjunto para os Assuntos Económicos no gabinete do primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão, morreu no domingo, aos 70 anos, vítima de doença.
Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado considera que “Alexandre Patrício Gouveia transformou em causa da sua vida a identidade histórica e cultural de Portugal”, referindo que foi “inspirador e presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota, que, para além do centro interpretativo da batalha, tem desenvolvido relevantes atividades culturais e educativas”.
“No dia que nos deixa e relembrando uma velha e grande amizade, o Presidente da República apresenta à família os mais sinceros sentimentos”, acrescenta Marcelo Rebelo de Sousa.
Também o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota publicou esta segunda-feira uma nota onde lamenta a morte Alexandre Patrício Gouveia que “deixou a sua marca em Portugal através do seu exemplo de integridade, caráter e de defesa inabalável das causas e valores em que acreditava”.
“Um dos seus projetos mais acarinhados consistiu na conceção e construção do Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, um equipamento cultural já visitado por centenas de milhares de pessoas, com especial destaque para os estudantes portugueses”, acrescenta ainda o Centro.
Formado em gestão de empresas, Alexandre Patrício Gouveia foi adjunto para os Assuntos Económicos no Gabinete do primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão entre 1981 e 1983 e adjunto do gabinete do ministro do Comércio e Turismo Álvaro Barreto entre 1983 e 1984.
Era irmão de Teresa Patrício Gouveia, antiga ministra do Ambiente e dos Negócios Estrangeiros, e de António Patrício Gouveia, que morreu com Francisco Sá Carneiro em Camarate.
Alexandre Patrício Gouveia dedicou parte da vida a investigar as circunstâncias do desastre aéreo de 04 de dezembro de 1980, sobre o qual escreveu um livro, intitulado “Os Mandantes do Atentado de Camarate – O envolvimento americano”.
Presidia há mais de 20 anos ao conselho de administração da Fundação Batalha de Aljubarrota, constituída para recuperar e valorizar os respetivos campos de batalha.
Foi um dos dois portadores da relíquia de Nuno Álvares Pereira na cerimónia da sua canonização no Vaticano, em 2009. Escreveu também o livro “D. Nuno Álvares Pereira – O início da crise de 1383-1385 e a Batalha dos Atoleiros”.
