Sociedade
Projeto para edifício da Caixa Agrícola de Leiria prevê investimento de 1,3 milhões de euros
A aquisição do edifício foi aprovada em julho de 2018, em reunião de executivo, com os vereadores da oposição a manifestarem várias reservas ao negócio, abstendo-se na votação.

O projeto para o edifício da Caixa Agrícola de Leiria, adquirido por 1,6 milhões de euros há cerca de dois anos para serviços da Assembleia Municipal (AM), foi apresentado na reunião de Câmara desta terça-feira.
O estudo prévio aponta para um investimento de 1,3 milhões de euros, valores que podem sofrer alterações, segundo explicou o vereador Ricardo Santos.
O projeto terá um auditório com 150 lugares, que poderá ser utilizado para eventos culturais, gabinetes para os deputados e receção.
“Como só se realizam dez reuniões de Assembleia Municipal por ano, entendemos que o edifício terá uma dupla valência. Não só servirá a Assembleia Municipal, como também será utilizado para serviços da Câmara, exposições e outros eventos culturais e arquivo municipal”, adiantou o vereador das Obras Municipais.
A aquisição foi aprovada em julho de 2018, em reunião de executivo, com os vereadores da oposição a manifestarem várias reservas ao negócio, abstendo-se na votação.
“É um investimento muito duvidoso”, disse Fernando Costa, defendendo que que, além do valor da compra, seriam necessárias obras de adaptação, que a Câmara já admitiu poderem chegar aos 500 mil euros.
“Dois milhões de euros para instalar a Assembleia Municipal… Acho um exagero”, defendeu o vereador do PSD, para quem a autarquia tem, dentro do seu património, soluções para albergar aqueles serviços. A título de exemplo, referiu o edifício nascente do mercado municipal para o qual o projecto de remodelação não define qualquer utilização, e o estádio.”Por que haveremos de comprar mais um edifício quando temos tantos para tratar e ocupar?”, questionou.
Em resposta, o presidente da Câmara Raul Castro naquela época, explicou que o edifício da Caixa Agrícola iria permitir instalar a AM “com dignidade”, num modelo “equiparado” ao Parlamento, com a disposição das bancadas “em anel” e sistema de votação eletrónica.
