Sociedade
Reportagem: Praia do Agroal, uma opção para este verão
A lotação média diária oscila entre as 700 e 800 pessoas e às quatro da tarde desta quinta-feira, já tinham passado cerca de 600 pessoas pelo Agroal.

“Ontem ao meio dia já não entrava ninguém,” comentava uma senhora, a tomar banho na piscina natural, nesta quinta feira quente, dia 6 de agosto, na Praia Fluvial do Agroal.
Num verão marcado pelos efeitos da pandemia, o Notícias de Leiria esteve no local, e ouviu os veraneantes.
“Está bem controlada.” Sereno, de pé e de calções de praia, junto ao muro a dois metros de altura da água, perto da cafetaria, António Santos, 79 anos, de Fátima, mostrou-se confiante com as condições de segurança. “Está tudo normal. Já cá vim três vezes este ano,” avançou o reformado, a viver no concelho de Sesimbra, antes de aceder ser fotografado.
Foto: António Santos na Praia do Agroal / Pedro Carvalheiro
Já antes, à chegada pelas 11h da manhã, junto há cancela da entrada, duas funcionárias do Município de Ourém e um segurança, controlavam as entradas e saídas, e punham desinfetante nas mãos de quem entrava.
Foto: Entrada Praia do Agroal / Pedro Carvalheiro
Aí foi-nos dito que a máscara é obrigatória apenas nos corredores de acesso à água e às modernas casas de banho, controladas à entrada por duas funcionárias, que também as limpavam, e onde era também proibido entrar descalço.
O gradeamento separava dois corredores, o da entrada, com setas azuis no chão, e o da saída com setas vermelhas. No corredor da saída do recinto, era por onde também se entrava para a zona da cafetaria, o que levava a que as pessoas obrigatoriamente que se cruzassem, mas sempre de máscara.
“Foi difícil ao princípio, mas conseguiu-se. As pessoas estão a respeitar a distância de segurança. Já aqui fizemos um salvamento este ano, mas não foi por causa da pandemia,” disse, sentado na entrada da água, vestido de camisola amarela, o nadador salvador Rodrigo Lourenço, 22 anos, que veio de Lisboa, trabalhar com o colega Jorge Duarte.
“O rio não é vigiado, é só a piscina natural,” avisou Rodrigo Lourenço.
Junto à nora este ano a rodar, movida pela água, e que em outros anos esteve parada, o Notícias de Leiria testemunhou também um recinto bem controlado por três seguranças vestidos de negro, e logo na entrada, um dos vários ecopontos de separação de lixo, espalhados pelo local, e nas margens do rio. Também eram vários os placares de informação sobre as regras aplicadas aos visitantes.
No vale verdejante quente e abafado, devido às suas caraterísticas, não se vê lixo no chão, a piscina é limpa, e onde nasce boa parte da água, que vem de um buraco do muro de pedra bem arranjado de forma rústica, e que reforça o caudal do rio Nabão.
A piscina este ano tem lotação limitada a 100 banhistas, no rio a água é límpida, e as margens arranjadas. As pessoas banhavam-se, também junto às margens do rio, até cerca de duzentos metros a jusante. O recinto apresenta sinais de melhoramentos, nas últimas épocas balneares.
“Este ano a praia ganhou a Bandeira de Ouro, atribuída pela APA (Agência Portuguesa do Ambiente), por manter a água com boa qualidade durante os últimos cinco anos, e foi colocado um pequeno areal a seguir à zona da restauração e aos wc`s. A Bandeira de Ouro é uma das três bandeiras triangulares que se encontram à entrada,” informou uma das funcionárias do município de Ourém.
”O rio Nabão separa os dois concelhos. A margem esquerda pertence a Ourém, a direita a Tomar,” informou a funcionária. Aberta a um de julho, das 9h às 19h, com lotação limitada a 200 pessoas por dia, às 11h, foi-nos informado que estavam já 140 banhistas na praia e que encheu cerca das 11h30.
A lotação média diária, oscila entre as 700 e 800 pessoas, e às quatro da tarde desta quinta feira, entre as que entraram e saíram, já tinham passado cerca de 600 pessoas pelo Agroal. “Todos os dias é uma pulseira de cor diferente. O controlo das entradas é feito pelo município de Ourém,” sublinhou a funcionária que as colocava, à entrada.
“É a primeira vez que aqui venho. Ao meio dia, tive que esperar cinco minutos para entrar.” A passear de biquíni com a filha à beira do rio, junto à pequena ponte pedonal, emigrante em França, Caetano Sandrina, 42 anos, de Leiria, a passar férias em Portugal disse que “não há aqui ajuntamentos. As pessoas estão a respeitar, dividem-se por grupos em família sentados nas mesas,” avançou a emigrante após posar para fotografia do Notícias de Leiria.
Foto: Caetano Sandrina / Pedro Carvalheiro
Na praia onde não faltam sombras, e zonas de piqueniques, há também um placar, junto da ponte pedonal, a informar da futura construção de um passadiço, que segundo os comentários dos veraneantes, vai ser construído a jusante, na margem direita do rio. Naquele local há também gradeamentos a impedir a entrada e pé e de carro, na estrada que desce até à margem direita do rio, garantindo o fecho de todo o recinto.
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