Sociedade
Setembro morno afasta marés vivas da região
“O mar fica maior e costuma deitar as barracas abaixo, mas este ano não houve nada disso”, contou a nazarena Maria Anastácio.

Também são chamadas “marés grandes” ou altas. Influenciadas pela lua, quando vêm as marés vivas empurram os veraneantes do areal e arrastam barracas e chapéus. Na primeira semana de setembro, o Notícias de Leiria andou pelas praias da região e ouviu relatos sobre o fenómeno.
“São marés de São Bartolomeu e em outubro vêm as douradas maiores.”
A pescar no Covão dos Musaranhos, na Lagoa de Óbidos, um homem de meia idade, que preferiu o anonimato, avançou que “o mar enche mais, as ondas ficam mais altas e é bom para a pesca, porque o peixe vem para a lagoa desovar. Em outubro vêm as douradas maiores. As marés maiores são em outubro e novembro. Este ano o clima trouxe as marés mais cedo. As marés de São Bartolomeu vão daqui até Peniche,” informou o pescador.
“Na última semana de agosto, no Vale Furado e aqui, o mar varreu a costa toda.”
Foto: Otávio Costa
A sair da praia, ao fim da tarde, em Paredes de Vitória, Otávio Costa, de 57 anos, de Pataias, disse ao Notícias de Leiria, que nas marés vivas “o mar enche e leva tudo à frente. Não há praia, as pessoas têm que levantar tudo. Não sei quando vêm as marés vivas, mas aparecem muita vez”, lembrou Otávio Costa.
“Este ano na Nazaré não vieram.”
Foto: Maria Anastácio
Vendedora ambulante no Sítio da Nazaré, junto ao miradouro, há cinco anos, Maria Anastácio, de 70, a arrumar a banca ao fim do dia, disse ainda que “este ano em agosto o mar esteve sempre calmo como está hoje. Só houve dois dias de mar bravo. O mar fica maior e costuma deitar as barracas abaixo, mas este ano não houve nada disso. A praia está muito maior e talvez seja por causa disso, ou pode não ser”, argumentou a nazarena ao nosso jornal.
“Há 24 marés vivas por ano. São marés de lua e são as maiores,” avançou Rui Cardina, de 74 anos, da Nazaré. “Tenho um barco de recreio há trinta anos e conheço os pesqueiros todos. Marés vivas há duas vezes por mês. Cada lua cheia e cada lua nova tem uma maré viva. São as de maior amplitude, todos os meses, na baixa-mar e na preia-mar, explicou Rui Cardina. Sentado perto do Rui, a lanchar num café no Porto da Nazaré, António Marques, de 55 anos, da Póvoa do Varzim, pescador há 36, contou-nos que “na pesca não muda nada. São as marés do mau tempo, são as altas.”
Sem marés vivas, e com o mar calmo, encontramos pessoas a pescar, fazer praia, ou nas esplanadas, e o sossego no areal e pouco transito nas entradas e saídas. Na foz do Arelho, em São Martinho do Porto, Nazaré e Paredes de Vitória, foi uma caraterística comum encontrada a cerca de três semanas do fim do verão na costa da região de Leiria.

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