Sociedade
Suspeita de tentar matar companheiro em Porto de Mós diz que ideia era suicidar-se
O Tribunal de Leiria começou a julgar uma mulher acusada de homicídio qualificado na forma tentada contra o companheiro, em Porto de Mós.

A mulher suspeita de tentar matar o companheiro em Porto de Mós, em janeiro, afirmou esta segunda-feira ao coletivo de juízes do Tribunal de Leiria que quando pegou na arma tinha como intenção suicidar-se, escreve a Agência Lusa.
A arguida, que se encontra em prisão preventiva, explicou ao tribunal que no dia 2 de janeiro esperou que o marido saísse, com o objetivo de “pôr termo à vida”.
“Quando o António [companheiro] saiu, fui ao quarto das visitas buscar a arma. Dirigi-me para a sala e quando apontei a arma à cabeça olhei para a fotografia do meu filho e pensei: não sou eu que morro, és tu”, admitiu.
A mulher explicou que saiu para o quintal da casa com a arma da mão e disparou sobre o companheiro, três vezes. Contrariando a acusação, a arguida afirmou que ficou “assustada” e que ele lhe “começou a chamar nomes” e se dirigiu a si.
“Fugi com a arma na mão. Ele agarrou-me nas traseiras de casa. Ficámos à briga um com outro. Fugi para dentro da casa com a pistola na mão e ele entrou na sala e conseguiu tirar-me a pistola. E disse: ‘quiseste matar-me, mas agora quem te mata sou eu’”, relatou.
A mulher revelou ainda que o homem depois lhe apontou a arma. Nesse momento, saiu de casa para ir buscar uma pedra, que usou para lhe bater na cabeça.
A arguida admitiu que fugiu para Lisboa e que pelo caminho pediu ajuda a uma amiga.
Revelou ainda ser vítima de violência doméstica, referindo que nunca denunciou o companheiro nem saiu de casa, porque o mesmo a ameaçava de ficar sem o filho.
No decorrer no seu testemunho, algo emocionado, a arguida afirmou estar “arrependida”. “Não foi minha intenção fazer mal. Ele é o pai do meu filho”, sublinhou, ao afirmar que lhe pediu desculpa e “ele aceitou”.
A vítima confirmou ao tribunal que a mulher lhe pediu desculpa, emocionando-se quando referiu este facto, sublinhando que quando falaram, cerca de quatro meses depois, os dois choraram.
O homem garantiu que não lhe apontou nenhuma arma, nem nunca a ameaçou. Refutando ainda as afirmações de que tinha impedido a saída da mulher, a vítima referiu que foi a arguida que lhe “barrou a saída”.
A mulher encontra-se em prisão preventiva no estabelecimento prisional de Tires.

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