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Tribunal de Leiria começou a julgar cinco suspeitos de roubo e sequestro a idosos

Os três suspeitos, que se encontram detidos no Estabelecimento Prisional de Leiria, estiveram presentes mas remeteram-se ao silêncio.

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Violência vidro partido

O Tribunal de Leiria começou esta manhã a julgar cinco suspeitos de roubo e sequestro agravado, na sequência de alegados assaltos a residências de idosos na região Centro.

Três dos suspeitos estavam inicialmente acusados do crime de homicídio qualificado, uma vez que uma das vítimas dos assaltos acabou por morrer. No entanto, em sede de inquérito, o juiz de instrução entendeu não pronunciar os arguidos por este crime.

Na primeira sessão de julgamento, a juiz presidente ordenou extrair certidão de um dos suspeitos, que será julgado em processo à parte, uma vez que não é conhecido o seu paradeiro. Outros dois suspeitos faltaram. Os três suspeitos, que se encontram detidos no Estabelecimento Prisional de Leiria, estiveram presentes mas remeteram-se ao silêncio.

Durante a manhã, duas vítimas relataram ao tribunal os assaltos.

O primeiro assalto ocorreu na madrugada do dia 13 de abril de 2018, no Coimbrão, concelho de Leiria. A mulher, de 77 anos, contou que se levantou para ir à casa de banho e quando regressou à cama ouviu um barulho. Quando ia fechar a porta do quarto, foi agarrada por um dos suspeitos.

“Um agarrou-me e deu-me porrada. Disse que queria dinheiro e ouro. Deu-me vários murros no peito e na cabeça bateu com os nós dos dedos. Disseram que me matavam se gritasse”, revelou, referindo que foi amarrada, assim como o seu marido, que era ourives.

“O meu marido nunca mais ficou bem. Deixou quase de comer e queixava-se de dores de cabeça. Morreu em dezembro de 2018”.

Outra vítima, uma mulher de 81 anos, também foi assaltada no Coimbrão, em 19 de julho de 2018, e revelou que estava deitada no quarto com o marido, quando ouviu “qualquer coisa” e logo a seguir entraram quatro pessoas encapuçadas.

“Um deles só dizia: não se mexam, não gritem. Trazia uma faca e cada um trazia um pau de madeira à cintura. Pediram ouro e dinheiro”, contou.

Com receio do que pudesse acontecer, indicou o local onde tinha o ouro, explicando que o único dinheiro que possuía era pouco e estava na sua carteira. Insistindo para lhe dar mais dinheiro, a mulher revelou que foi agredida com “um murro na face” e apertaram-lhe o pescoço. “Senti que ia sufocar”.

Tanto ela como o marido foram amarrados no final do assalto, antes de os suspeitos abandonarem a casa.

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