Cinema
Um exercício de representação – Meu Filho
James McAvoy não recebeu guião e não teve conhecimento prévio dos pontos-chave do enredo, desvendando o mistério ao mesmo tempo do espetador.

Título: Meu Filho
Realizador: Christian Carion
Ano: 2021
Classificação Notícias de Leiria: 7/10 brisas do lis
Edmond Murray (James McAvoy) está em constante viagem por causa do seu trabalho e regressa à Escócia depois de saber que o seu filho de sete anos desapareceu. Edmond e a sua ex-mulher Joan Richmond (Claire Foy) têm de lidar com o choque da situação traumática na qual se encontram, enquanto tentam descobrir o que realmente aconteceu. Rapidamente percebem que terão de pôr o passado e as mágoas de lado, unindo esforços para salvar o seu filho.
A produção é uma adaptação do original francês de 2017 “Mon Garçon”. Ambos os filmes foram escritos e realizados por Christian Carion, reconhecido também por títulos como “Feliz Natal” (“Joyeux Noël”, 2005) e “O Caso Farewell” (“L’affaire Farewell”, 2009).
Com uma duração aceitável de uma hora e trinta e cinco minutos, “Meu Filho” é uma longa-metragem relativamente banal. O argumento simples e fácil de seguir deixa algumas pontas soltas por explicar, no entanto não exige um grande investimento por parte do espetador.
O que diferencia este filme de um thriller comum é o facto de o protagonista ir descobrindo a história, à medida que a interpreta. James McAvoy não recebeu guião e não teve conhecimento prévio dos pontos-chave do enredo, desvendando o mistério ao mesmo tempo do espetador. Esta forma de representação e realização é nova e traz-nos reações em primeira mão e à flor da pele, com diálogos e ações improvisadas por parte do ator escocês.
“Meu Filho” está agora em exibição nos cinemas de Leiria.
