Cinema
Um tédio de morte – À Espreita do Mal
Os últimos vinte minutos fazem implorar pelos créditos finais.

Título: À Espreita do Mal
Realização: Adam Randall
Ano: 2019
Classificação IMDB: 6.6
A família Harper vive numa pequena cidade americana, onde todos se conhecem. Comunidade, confiança e tranquilidade são palavras de ordem. Se não fosse pelo assassino em série à solta, tudo estaria bem! Ou quase tudo… Entre os membros desta família disfuncional, a mãe Jackie (Helen Hunt), o pai Greg (Jon Tenney) e o filho adolescente Connor (Judah Lewis) há discórdia, suspeita e nada é exatamente o que parece.
A premissa de À Espreita do Mal é interessante e a sua exploração inicial também. Os problemas começam a surgir na segunda metade do filme, quando a história se desenvolve e os pormenores são desvendados.
Em vez de se tornar mais complexa, a longa-metragem entrega todas as revelações de forma excessivamente explicativa, mesmo quando o público já “chegou lá”. A revisão constante dos detalhes, do “como” e do “porquê”, torna tudo mais do que óbvio e, por consequência, desinteressante.
Os últimos vinte minutos fazem implorar pelos créditos finais. Com uma melhor edição, um filme que não é longo (uma hora e trinta e seis minutos), passaria facilmente para metade da duração. Com um melhor argumento e sequência de cenas, quem sabe se não poderia ter sido um bom momento de cinema.
À Espreita do Mal torna-se, assim, uma longa-metragem repetitiva e aborrecida, extinguindo qualquer expetativa de suspense e mistério.
Veja aqui o trailer:
